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O EVANGELHO TRANSFORMANDO A NAÇÃO

“...aqueles que têm causado transtornos no mundo todo agora estão aqui, perturbando nossa cidade...” (At 17.6 – NVT)

“Ide por todo o mundo...”. Essa ordem dada por Jesus Cristo, conforme o Evangelho de Marcos 15.16, traz o verbo “ir” no imperativo, segunda pessoa do plural “ide vós”. A palavra dada aos discípulos (daqueles dias e a nós, hoje) expressa mais que um pedido ou súplica; conselho ou convite. É, na sua essência, uma ordem prática, cujos resultados não são de pronto mensurados. Contudo, a proclamação do Evangelho tem propósito definido para o Reino: Salvação. Proclamar é serviço da igreja e de todos quantos façam parte desse corpo. É uma missão da qual o cristão (verdadeiro) não poderá se afastar. O apóstolo Paulo se via assim, numa condição que não o permitia alternativa. Ao escrever à igreja de Coríntios, afirmou: “...ai de mim se não pregar o evangelho” (1 Co 9.16b).

Não é de hoje que o Evangelho “perturba” os costumes das nações. O próprio Cristo foi levado diante do Sinédrio e do governador Pilatos debaixo da acusação de alterar, contrariar os costumes da nação judaica, conforme relatado em Lucas 23.2. O interessante é que para o povo daqueles dias, o contexto sócio-político-religioso serviu para engrossar o coro de acusações contra Cristo. O Evangelho é abrangente assim. Olhe para as transformações promovidas pela Reforma Protestante¹. Elas ultrapassaram os limites da religião e avançaram nos espaços da política e da educação. As universidades inglesas, por exemplo, tornaram-se o meio “viralizante” da ideia reformadora, ainda mais com o advento da prensa. Imagina! E qual é a transformação que ele (Evangelho) promove? É fato que tem o poder de modificar a ordem? Desorganizar estruturas? Confundir “verdades” que conduzem a comportamentos padronizados? O Evangelho rompe com princípios tidos por morais e decentes, ao mesmo tempo que propõe libertação? Considero que sim, pelas razões que exponho:

1) O Evangelho confronta: por ser a Verdade de Deus para a libertação e salvação daquele que crê (Rm 1.16). Ora! Se precisamos de um Salvador (e a Bíblia ensina que precisamos), então o Evangelho é a Verdade que confronta aquele que julga não precisar d’Ele. Há muitos assim, e muitas são as “justificativas”, todas pautadas numa justiça própria. O Evangelho é a única via de salvação por meio de Jesus Cristo. Aquele que ouve as Boas Novas, movido pelo Espírito Santo, reconhece no seu coração a necessidade de ser uma nova criatura. Afinal, para este chegou o Reino de Deus que é arrependimento e fé (Mc 1.15). “Pregar o evangelho é denunciar o pecado e apresentar a solução: Jesus”². A afirmativa é descrita num artigo da Revista Ultimato, cuja opinião do leitor expressa a crença de todos quantos toparam com a Palavra Viva que “guinou” suas vidas. Ninguém que se encontra com Jesus Cristo por meio do Evangelho permanece o mesmo. É que a Palavra confronta valores, posturas, visões de mundo e da própria vida.

2) O Evangelho afronta: afronta atitudes, afronta cosmovisões, as percepções deste mundo sobre honestidade, respeito, amor, princípios, valores morais e decência. João Batista foi uma afronta ao rei Herodes. Ao acusar o adultério do monarca, o poderoso governante é reduzido a um nível mais baixo. Precisa descer degraus de sua altivez. Paulo e Silas, pelo poder do Nome de Jesus, libertam uma jovem possuída por um espírito de adivinhação (At 16.16-21). A aprisionada dava lucros aos seus senhores e, uma vez liberta, isso não mais aconteceria. É uma afronta que “costumes não possam ser aceitos nem praticados”, em razão da crença, fé e honra. O Evangelho é uma afronta aos valores perversos do mundo. Ainda hoje há quem diga contra os pregadores do Evangelho da paz que “...perturbam nossa cidade” (At 16.21).

3) O Evangelho aponta: aponta Jesus Cristo como o “cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29); como o caminho, a verdade e a vida (Jo 14.6); a porta da salvação (Jo 10.9); a vida em abundância (Jo 10.10); o amor de Deus, num plano eterno de redenção (Jo 3.16). É por meio do Evangelho que Jesus Cristo é apresentado como o caminho para a paz, tornando-se o “Senhor de todos” (At 10.36). Não há outro nome pelo qual importa que se ache salvação (At 4.12). É por meio do Evangelho pregado pelos crentes que Cristo se faz conhecido como “fiel testemunha, o soberano dos reis da terra” (Ap 1.5). Quando se proclama o Evangelho, glorifica-se Cristo como Aquele em quem “reside a plenitude e a reconciliação de tudo, nos céus e na terra” (Cl 1.19-20). A paz que não se encontra no mundo. A paz diferenciada (Jo 14.27).

A verdade proclamada assim, com tanto poder e ousadia, segue acompanhada de sinais vindos da parte de Deus (At 4.29-31), os quais não apenas transformam o mundo, mas transformam todos quantos a ouvem. Como crentes no Senhor Jesus somos desafiados e encorajados a pregar o Evangelho com coragem e assistir, assim, a nação ser transformada.

Lic. Edson Gonçalves – Licenciado

¹ Reforma Protestante – movimento do século XVI, cujo expoente de maior evidência é Martinho Lutero. Lutero foi um monge católico que questionou a postura da igreja em relação à graça de Cristo para a salvação, além de outras considerações que expressou em suas 95 teses.

² Ultimato Online – Palavra do Leitor – 17 de agosto de 2010. Disponível em: . Acesso em 21/06/2021.

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