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CONQUISTE SERVINDO A DEUS COM SUA FAMÍLIA

“...Eu e a minha casa serviremos ao Senhor.” (Js 24.15)

Os dicionários definem, de forma geral, a palavra família como sendo o “grupo de pessoas (pai, mãe e filho/filhos) que compartilham a mesma casa” (definição de família tradicional). Pessoas com relação de parentesco. Considera-se ainda, como família, as pessoas que tenham os mesmos antepassados, os indivíduos “ligados por hábitos, costumes, comportamentos ou interesses oriundos de um mesmo local”¹. Essa configuração conduz a uma definição mais abrangente. Há outras conceituações para o termo família. Porém, para a abordagem que se fará, consideraremos o contexto de família descrito no livro de Gênesis 1.27-28; 2.24.

O propósito divino não considerou como bom o “homem estar só” (Gn 2.18), senão que viva em família. Por isso que até hoje se considera a família como base social primeira. Penso que não há como ser diferente. Ao tomar um povo para si, o Eterno se propôs a fazê-lo por meio da família (Gn 6.18; 8.16-17; 9.1). A família sempre foi a estrutura que preencheu o mundo criado por Deus.

Ao considerarmos o cumprimento da promessa de Deus a Abraão, fazê-lo pai de grande nação (Gn 12.1- 2), percebemos que a estrutura familiar está presente. Ou seja, o povo de Deus avançou nas suas conquistas da terra, e sempre marchou no serviço a Deus (culto) como (em) família. Desde a saída do Egito até a divisão da terra prometida entre as 12 tribos, tudo se deu com a participação de um líder e sua família. Nenhuma conquista do povo de Deus se deu de forma afastada do contexto que envolvesse a família.

Várias passagens das Sagradas Escrituras reportam às conquistas do povo de Deus, sob a bênção dele e, de forma explícita, o envolvimento (participação ativa) de toda a família. Para ilustrar, destaco duas passagens: uma no Antigo Testamento e outra no Novo Testamento. O pastor e escritor americano John Macarthur, ao comentar o Salmo 128, destaca as bênçãos no lar daquele que “teme ao Senhor”, a saber: “provisão”, “prosperidade”, “fertilidade do cônjuge” e “descendência numerosa”².

O Salmo 128 (que parece ser uma continuidade do Salmo 127) descreve a felicidade do homem no contexto do Israel antigo. Basicamente, tal felicidade era uma herdade produtiva, a fidelidade da esposa e descendentes ao redor da mesa. Ver os filhos dos seus filhos (Sl 128.6). Um crescimento pessoal com a participação ativa e efetiva da família.

O Apóstolo Paulo, ao escrever à igreja de Colossos, destaca a conduta (deveres) de cada membro da família (Cl 3.18-25). Semelhantes recomendações são observadas na carta à igreja de Éfeso (Ef 5.21- 33; 6.1-9). Os “avisos” do apóstolo objetivam uma vida familiar que atenda ao propósito de agradar a Cristo, numa pronta obediência aos seus ensinamentos. Por isso, o termo “no senhor”. A abordagem bíblica sempre aponta a família como conjunto que avança no Reino de Deus.

Considerando o que foi exposto, concluo com os seguintes apontamentos (que rogo a Deus também sirvam de aconselhamentos):

  1. Gaste tempo com a sua família. Instrua seu cônjuge e filhos – A saída do povo de Deus da terra do Egito, a exemplo, não ocorreu de qualquer maneira. Após a celebração da Páscoa (cordeiro comido com pães asmos e ervas amargas), a família deveria aguardar pronta e preparada para a saída imediata (Êx 12.11-12), além do que, os pais deveriam ensinar aos filhos o que isso significou (estatuto perpétuo) para a nação (Êx 12.14; 26-27). Tal como naquele tempo, a saída do povo que crê e ama a Deus para a eternidade se avizinha. A família precisa estar (ser) preparada para este momento. Há muitos movimentos, situações e circunstâncias que nos distraem. Instrua sua família para que ela saiba romper, num mesmo passo, e se preparar para o glorioso momento. Enquanto esse esperado (muito) tempo não chega, o aguardemos vigilantes e preparados.
  2. Proclame o Evangelho para os de sua casa – No texto de Atos, capítulo 10 (leia todo o capítulo), deparamos com o relato impressionante de como a família inteira do centurião Cornélio recebeu a Palavra de Deus. Sendo um homem público, revestido de autoridade, tal condição não o impediu de ser diligente com (e por) os de sua casa (At 10.2; 4). Algo exponencial acontece quando investimos na oração e na Palavra de Deus para os nossos familiares (At 16.27-34).
  3. Faça Deus conhecido na sua família – A família precisa saber quem Deus é e que para servi-lo não se pode fazer de qualquer maneira. Quando Josué, numa franca conversa com os representantes das tribos de Israel, expõe a conhecida frase “eu e a minha casa serviremos a Deus*”, (*leia todo o capítulo 24 de Josué) ele destaca que o Eterno é Deus santo e zeloso. Para servi-lo é preciso conhecê-lo, de sorte que o serviço a ele seja agradável e aceito. Os de nossa casa precisam saber que não se pode servir a dois senhores (Mt 6.24).
  4. Busque a aprovação de Deus para você e os de sua casa – Obedeça aos preceitos divinos. Um homem, por sua ganância e desenfreada ambição, levou juízo e morte à sua família. Acã, encantado por alguns objetos e tesouros que julgou possíveis torná-lo rico, lançou mão daquilo que não poderia tocar. Seu pecado trouxe grande afronta, vergonha e morte à nação de Israel na batalha contra a cidade de Ai. Não só isso, mas porque seus familiares, talvez convencidos e tentados pela “riqueza adquirida”, concordaram com o ato pecaminoso e de grave afronta a Deus cometido pelo líder da casa. O resultado foi que, uma vez identificado no meio do povo de Israel, sofreram (Acã, seus familiares e seus bens) pesado juízo e condenação. Foram reprovados pela desobediência (Js 6.18-19 e todo capítulo 7). Em Efésios 6, somos orientados a nos “revestirmos de toda armadura de Deus” para resistirmos no dia mau. Bons e necessários conselhos que nos farão aprovados diante de Deus.

Por fim, ao examinarmos as Sagradas Escrituras, neste contexto da família que avança unida no serviço ao Senhor, conclui-se que o propósito divino se cumpriu. Grandes povos, grandes nações. E o mais importante: porque a família foi preservada, enquanto avançava ao longo dos anos na história, nos chegou o Salvador, que é Jesus Cristo. É ele o descendente de mulher, que resistiu à descendência da serpente e esmagou a sua cabeça (Gn 3.15). Aleluia

Lic. Edson Gonçalves • Licenciado

[1] Dicio – Dicionário online de Português – www.dicio.com.br [2] Bíblia de Estudo MacArthur. Barueri, SP. Sociedade Bíblica do Brasil, 2010. 2048 p

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