É bastante comum que nós, seres humanos, compreendamos de maneira equivocada aquilo que Deus faz e diz. Isso acontece como consequência de nossa raça ter sido afastada da presença de Deus por causa do pecado. No exato momento em que o homem concluiu ter opção melhor que aquela que o Senhor havia apresentado, pensando ser possível se tornar tão conhecedor das coisas quanto Deus e tomando do fruto proibido, a culpa da desobediência caiu sobre a raça humana.
Como consequência disso, compreendemos mal o papel da santidade em nossas vidas. Por vezes incorremos no erro de olhar para ela como algo penoso, pela qual devemos prejudicar nossos desejos. Mas será isso mesmo? Qual o problema em obedecer a Deus? É que imaginamos que os mandamentos que Ele nos dá são para tirar de nós a liberdade. Desobedecemos porque não confiamos que a vontade de Deus é o melhor para nós.
O Senhor não deseja nos privar daquilo que é bom nesta terra. Antes, quer que desfrutemos dessas coisas de maneira plena, em sua presença, para que elas nos aproximem dEle e nos levem a louvá-lO por isso. O papel do Evangelho, portanto, não é cancelar ou proibir, mas redimir nossos desejos a fim de que glorifiquemos ao Pai.
O texto de Romanos 12.1-2 diz: Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.
É fato que a santidade exige de nós sacrifício. Não há a menor possibilidade de ser fácil fazer morrer em nós a natureza do pecado. Perceba, Paulo nos fala sobre oferecermos a Deus sacrifício vivo. À luz do Antigo Testamento, sacrifício pressupõe morte. Sacrifício resulta em morte. Mas Cristo nos chama a fazê-lo em vida! Ele não cobra o preço da nossa vida, mas pagou o preço que era necessário para que a recebêssemos.
Diferentemente do que pensamos um dia, quando decidimos caminhar por nós mesmos e pecamos contra Deus, há uma grande recompensa: experimentamos a boa, perfeita e agradável vontade de Deus.
- Pr. Israel Abreu - Pastor Auxiliar