Lucas 15.11-32
Não vale a pena trocar a casa do Pai pelas coisas do mundo.
Na parábola do filho pródigo, contada pelo Senhor Jesus, o filho mais novo quis ir embora da casa do pai; quis experimentar os prazeres do mundo; quis levar uma vida independente, longe daquele que mais o amava nesta terra, o seu pai. Ele pediu ao pai a sua parte na herança e partiu rumo aos seus precipitados e enganosos sonhos. A Palavra de Deus afirma em Jeremias 17.9: Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?
Depois de algum tempo, o dinheiro acabou e os amigos se foram, chegando ele ao ponto de não ter mais o que comer. Longe de Deus é assim, não há amigos, não há provisão, não há alegria. Finalmente, depois de muito sofrimento, o filho rebelde resolve voltar para a casa do pai, e como sempre, o pai amoroso o recebe de braços abertos, manda colocar sandálias nos seus pés, anel no seu dedo e dá uma festa maravilhosa.
Por incrível que pareça, o filho mais velho, movido por algum sentimento perverso, ao voltar do campo, não quis entrar para a festa. Seu pai teve de ir ao seu encontro e convencê-lo a participar. Vemos nessa história dois filhos perdidos; um estava perdido lá fora, no mundo, e o outro estava perdido dentro de sua própria casa. O coração do irmão mais velho deveria estar tão alegre quanto o coração do pai, mas infelizmente não foi assim. Como parte da Igreja de Cristo, devemos fazer todo o esforço para buscar os irmãos que estão ausentes, ao mesmo tempo em que devemos investir todo o esforço para fortalecer a fé dos que estão conosco todos os dias.
O grande protagonista dessa história é indubitavelmente o velho pai, pois aquele homem saiu para abraçar o filho mais novo que havia saído de casa e que estava voltando, mas também foi ao encontro do filho mais velho que ficou em casa, mas que, agora, não queria entrar. Os braços do pai são acolhimento e refúgio para os ausentes que voltam, mas também são reconciliação e ternura para os presentes que se chateiam com alguma coisa.
Há filhos que voltam por providência direta de Deus; há outros que temos que ir buscar; sim, isso está estampado nessa bela história. O filho rebelde que saiu de casa, ao perder tudo lá fora, não viu outra saída senão retornar à casa do pai. A providência do Eterno levou em conta as súplicas desse senhor, que certamente orou incessantemente pela sua volta. Ao mesmo tempo, vemos que o filho mais velho, talvez movido pelo ciúme, não gostou do acolhimento que o pai dera ao irmão mais novo. Nesse caso, o pai amoroso se dispôs a buscá-lo e convencê-lo a entrar. O amor do Pai é assim, abraça um e abraça o outro de igual forma.
O nosso Deus Eterno é esse Pai amoroso que nos trata com tanta graça e bondade, dando-nos todos os dias novas oportunidades de arrependimento, acolhendo-nos nos seus braços fortes que são fontes de eterno consolo para todos os seus filhos.
O Senhor Jesus afirmou: Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas... (João 14.1).
Não ande longe da casa do Pai, não se ausente da comunhão dos irmãos. Busque refúgio todos os dias na presença do Pai Eterno que é nossa fonte de sustento, consolo e fé. O Pai deseja que seus filhos estejam sempre perto e vivam em harmonia todos os dias!
- Pr. Eloízio Coelho Pastor Auxiliar
