O medo. Um sentimento invisível com resultados visíveis.
O medo é uma espécie de prisão. Paralisa, congela, atrofia, assombra, desanima, mina as forças, cansa, entristece e oprime. Esses efeitos irradiam do interior para o exterior. Adoecem a alma e o corpo.
Medo de ser abandonado, de ser rejeitado. Medo de ficar sozinho, de ser humilhado e envergonhado. Medo do fracasso, de fracassar como esposa, como marido, como pai, como mãe e também do fracasso dos filhos.
Medo de não superar dores, traumas, de não conseguir esquecer nem perdoar. Medo do que pensam ao seu respeito, do que falam de você e de descobrirem suas falhas mais íntimas.
Medo de que a situação que está vivendo nunca passe. Medo de que o dinheiro não entre, que o trabalho acabe e de que a vergonha chegue. Medo de perder as pessoas que tanto ama.
Pode ser que o medo tenha transtornado sua forma de viver, tirado o brilho das manhãs, das tarefas do dia a dia, do seu trabalho e da sua forma de se relacionar. Contudo, há uma boa notícia: Nenhum de seus temores se comparam ao tamanho do amor de Jesus por você!
Certa vez, os discípulos dele também foram tomados por muito medo. Uma grande tempestade assolava o pequeno barco em que estavam e, por incrível que pareça, enquanto o barco era sacudido pelo forte vento, Jesus dormia.
Aflitos e dominados pelo medo, acordaram Jesus o censurando. Como ele poderia estar tão tranquilo em meio a uma situação tão assustadora e, aparentemente, descontrolada? Para a surpresa de todos, com apenas um comando, Jesus repreendeu a tempestade e, imediatamente, ela se dissipou e tudo se acalmou.
Diante deste acontecimento, é possível imaginar a face dos discípulos tomada, agora, por um novo espanto. Quem é esse que até o vento e o mar lhe obedecem? (Mc 4.41). O medo deles foi, então, substituído pelo temor a Jesus.
Qual é o tamanho do poder de Deus? Não há limites! Lembrar que há um Deus todo poderoso que não te tem por inimigo, mas, que pelo contrário, te ama abundantemente, é a melhor maneira para vencer o medo.
Na carta de Paulo aos Romanos (Rm 8.31-39), o apóstolo consola aquela igreja perseguida, afligida pela imprevisibilidade da vida e pelas torturas e duras separações que a morte trazia todos os dias aos cristãos. Em meio a tanta desgraça, havia uma graça maior e infinita: o amor de Jesus!
Paulo sabia que a igreja de Roma precisava do conforto trazido por essa recordação, e você, da mesma sorte, também precisa dela se lembrar.
Não há nada nesse mundo que tenha poder de nos separar do amor de Cristo, e essa verdade é o instrumento da vitória definitiva contra o medo. Por isso Paulo declara: Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou (Rm 8.37).
Mesmo que você tenha recebido a Cristo como seu Salvador, crendo nele e no perdão dos seus pecados, ainda assim, na caminhada da vida, pode ser que venha a enfrentar várias batalhas contra o medo. Sabe por quê? Você é uma nova criatura (2 Co 5.17), porém, a velha natureza ainda é suscetível às circunstâncias que o acertam. A diferença é que, pelo amor de Jesus, você não precisa mais ser acorrentado à ansiedade e ao medo, pois o próprio Jesus se oferece como consolo e instrumento para que vença cada uma dessas batalhas. Você precisa se lembrar e se encher constantemente dessas verdades!
Para vencer os seus medos, você precisa lembrar de quem é você em Jesus Cristo, e isso deve ser feito todos os dias. Cada dia é um recomeço. Cada manhã é uma nova história! Diariamente você será confrontado por si mesmo e por todos os seus medos. É por esse motivo que, todos os dias, você necessita urgentemente da graça e da misericórdia de Deus renovada em sua vida.
Quanto mais você conhecer a Jesus e compreender as promessas dele sobre sua vida, mais verá que seus medos são pequenos perto dessa graça e desse amor abundante. Medos serão dissipados à medida que Jesus for engrandecido em seus dias.
Apresente Jesus aos seus medos, e verá que No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo (1 Jo 4.18).
Pr. Tiago Torres · Pastor Auxiliar
