Li em algum lugar que em uma carpintaria foi convocada uma reunião de urgência. Houve um bulício e um fala-fala entre as ferramentas e o ambiente azedou. Resolveram que deveriam acertar as diferenças e colocar ordem ali.
O martelo imediatamente levantou-se e assumiu a presidência. Mas os participantes não aceitaram e o forçaram a renunciar. A causa? Era muito barulhento, muito duro, e passava todo o tempo golpeando. Ele admitiu e saiu da presidência.
Assumiu o parafuso, mas o martelo questionou com aspereza que ele dava muitas voltas para chegar a algum lugar. O parafuso, diante do ataque e sem argumentos contrários, concordou. Assumiu a lixa, mas o parafuso foi o primeiro a pedir a expulsão dela. Falou com propriedade que ela era muito áspera no tratamento e que estava sempre entrando em atritos.
A lixa admitiu, mas não permitiu que o metro assumisse, pois ele estava sempre medindo os outros pela sua média, como se fosse o único perfeito.
Com isso, entrou o carpinteiro que, sem saber de nada daquela madrugada de contenda, reuniu todo mundo e começou a trabalhar. Utilizou o metro, o martelo, a lixa e o parafuso. Finalmente, converteu uma madeira rústica em um móvel belo e fino.
Quando a carpintaria ficou novamente só, a turma reuniu e voltou a discutir, quando então o serrote entrou na conversa e disse:
Senhores e senhoras, já ficou demonstrado que todos temos defeitos, virtudes e limitações. Mas o carpinteiro trabalha com nossas qualidades, com nossos pontos valiosos. Então, em vez de apontar os defeitos, concentremos em celebrar os nossos pontos fortes e como eles juntos podem ser motivo de conquista e de bênção.
O silêncio foi total. Alguns momentos depois, passaram a encorajar uns aos outros, pois eles formavam uma equipe capaz de produzir móveis com qualidade. Sentiram grande alegria pela oportunidade de trabalharem juntos e ao lado uns dos outros.
O mesmo pode ocorrer com todos nós na família, na igreja e em sociedade. Observe e comprove. Quando se busca apenas os defeitos nas pessoas, parentes e concidadãos, a situação se torna tensa, negativa e muitas vezes envolve difamação violenta.
Ao contrário, porém, quando se busca sinceramente os pontos fortes e positivos dos outros e cooperamos uns com os outros, florescem as melhores conquistas familiares, eclesiásticas, políticas e humanas.
Encontrar defeitos não é difícil. Qualquer um pode fazê-lo. Mas descobrir, enfatizar e potencializar qualidades, isso é para os sábios.
Como você está em seu lar, trabalho, igreja, redes sociais e nos relacionamentos humanos?
Por nós mesmos não conseguimos mudar, mas se colocarmos nossas vidas nas mãos de Jesus Cristo, o Divino Carpinteiro, não teremos essa constante agitação de competição e comparação, mas uma fonte de cooperação e apoio.
Não negligencieis, igualmente, a prática do bem e a mútua cooperação; pois, com tais sacrifícios, Deus se compraz. (Hb 13.16)
Pr. Jeremias Pereira - Pastor Titular
