[caption id="attachment_15481" align="alignright" width="571"] Foto: Priscila Pally[/caption]
Quem participou do Congresso de Pastores e Líderes em 2017 notou uma presença especial entre os congressistas: um pastor, sua esposa e um missionário indígena. O cocar colorido atraiu os olhares e despertou o interesse de alguns em tirar fotos, fazer perguntas e admirar todos os detalhes do objeto vindo direto do Amazonas para Minas Gerais. U
ma porção da igreja indígena amazonense entre nós proporcionou um grande aprendizado! Culturas diferentes, mas o mesmo Deus sendo servido e adorado. O Missionário pela Oitava Igreja, Lindelvan Costa, do Projeto Amanajé, enviou o seu relato sobre a importância do trabalho evangelístico entre os indígenas e os aprendizados do CPL:
Há três momentos da evangelização dos povos indígenas no Brasil, rotulados pelo missionário Isaac Costa de Souza, como ondas missionárias. A primeira onda missionária iniciou-se no ano de 1913, com missionários estrangeiros. No segundo momento, conhecido como segundo onda missionária, a igreja brasileira tomou para si a responsabilidade de evangelizar o povo indígena. E o terceiro momento é a terceira onda missionária, o indígena pregando o evangelho.
[caption id="attachment_15482" align="aligncenter" width="700"] Foto: David Nascimento[/caption]
Nos dias atuais, o evangelho em meio ao povo indígena se expandiu para glória de Deus, temos igrejas autóctones plantadas em diversas aldeias. Em cada aldeia, uma igreja genuinamente indígena. Trabalho como líder de jovens na Igreja Evangélica Indígena do Areal, no município de São Gabriel da Cachoeira, Amazonas. Em nossa igreja temos três objetivos principais:
- Ser uma igreja Bíblica;
- Uma igreja avivada;
- Uma igreja missionária.
Participar do CPL foi um marco em meu ministério neste ano. Faço parte da terceira onda missionária e quando me preparava no seminário, há alguns anos, pensava em pregar apenas para indígenas, mas Deus tem me levado além, onde nunca imaginei estar, tenho tido a oportunidade de pregar tanto para indígenas como para não indígena. Aprendi diversas coisas no CPL, entre elas:
- A) Não me achar inferior a ninguém porque o evangelho nos nivela;
- B) Ter bons relacionamentos com as pessoas;
- C) Não ser covarde e ter estômago para enfrentar as lutas.
O Pastor Jaimeson e sua esposa, Cleidemar, da igreja indígena de Santa Isabel do Rio Negro, AM, também participaram do CPL 2017. Veja abaixo um breve testemunho do casal:
Foi uma bênção. As palestras foram tremendamentes tocantes. Eu e minha esposa trabalhamos com o plantio de igrejas em contexto indígena, nós somos indígenas, e como pastor da igreja evangélica indígena, esse CPL nos trouxe um encorajamento muito grande. Vamos usar todas as palestras que participamos, contextualizando para o povo e isso é uma grande ferramenta.
Foi falado sobre o amor, sobre o perdão, o impacto em uma sociedade tão longe do Senhor e isso mexeu nosso coração porque, de fato, estamos vivendo em uma sociedade, mesmo distante, entre os povos indígenas, que há uma distância muito grande do Senhor. Então, esse CPL nos trouxe algo que clareou a nossa mente, para ver, de fato, a maneira que Deus quer que trabalhemos nesses dias tão preocupantes na história do nosso país.
[caption id="attachment_15483" align="aligncenter" width="700"] Foto: David Nascimento[/caption]
O CPL nos deu essas ferramentas e, como igreja indígena, quando chegamos aqui, vamos passando para eles pouco a pouco tudo aquilo que a gente aprendeu lá: ferramentas riquíssimas e que precisam ser repassadas, porque se a gente não passa, deixa de compartilhar com a igreja, que deixa de crescer junto conosco. Queremos compartilhar com a igreja o que foi dito nesses dias. Já estamos desenvolvendo isso, falando sobre o amor, sobre o perdão e a forma que uma igreja saudável deve viver e caminhar.
No desenvolvimento da igreja, nós trabalhamos com comissões, são diversos projetos, vamos de aldeia em aldeia. O trabalho na igreja indígena tem vários departamentos: infantil, pré-adolescentes, adolescentes, jovens... Nós fazemos discipulado com eles, programações, e quando a gente sai e vai ao CPL, voltamos e começamos a encorajar cada líder de departamento, passando essa visão da importância de termos uma igreja saudável, que vai impactar não somente dentro da igreja, mas a comunidade e o município que está nos olhando, sem conhecer Jesus, e que vão passar a conhecer por meio dessa igreja saudável. O CPL deixou o nosso coração cheio, as baterias recarregadas para a glória de Deus Pai.
Como você pode impactar essa igreja? Em oração! Invista tempo e recurso na igreja indígena brasileira. Entre em contato com o Conselho Missionário e saiba mais: 3449-8600, ou missoes@ oitavaigreja.org.br.